A ejaculação precoce é caracterizada pela incapacidade de controlar o momento da ejaculação durante a atividade sexual. É uma condição comum e pode causar estresse, ansiedade e insatisfação tanto para o homem que a vivencia quanto para o seu parceiro ou parceira.
O diagnóstico é feito com base na história clínica e sexual do indivíduo. O médico pode realizar perguntas sobre o tempo que o homem leva para ejacular regularmente, a frequência em que ocorre a ejaculação precoce e se existem fatores psicológicos ou emocionais envolvidos. É importante descartar outras causas subjacentes, como doenças psicológicas ou problemas hormonais.
Existem algumas opções de tratamento disponíveis para a ejaculação precoce. Uma abordagem comum é a terapia comportamental, que envolve técnicas que ajudam a atrasar a ejaculação. Exemplos incluem a técnica do aperto ("squeeze"), em que o homem é estimulado sexualmente até o ponto de quase ejacular e, em seguida, a estimulação é interrompida, aplicando-se pressão na base do pênis por alguns segundos. Isso é repetido algumas vezes antes de permitir a ejaculação. Outra técnica é o método do início e parada (start/stop), em que a estimulação sexual é interrompida várias vezes antes de permitir a ejaculação.
Além disso, em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser recomendado. A classe de antidepressivos tricíclicos como a dapoxetina, paroxetina e fluoxetina são um importante arsenal terapêutico, que funcionam por aumentar os níveis de serotonina no cérebro, o que atrasa o reflexo ejaculatório, aumentando o tempo de latência intravaginal (ou tempo de penetração).
É importante ressaltar que a ejaculação precoce pode ter causas tanto físicas quanto psicológicas. Em alguns casos, pode ser necessário abordar questões emocionais subjacentes por meio de terapia individual ou terapia de casal. É essencial que o homem e sua parceria sejam abertos e comunicativos durante o tratamento para que possam buscar com a ajuda médica a abordagem mais adequada para cada caso.